sexta-feira, 30 de julho de 2010

VIAJANDÃO... DE BOA!

Eu to que to viajandão...

Com uns “codatens” na cabeça pra agüentar a cólica renal, proveniante de um cálculo aproximado de um centímetro de diâmetro... Eu to viajandão... Pisando em nuvens... Vendo tudo de modo diferente e curtindo numa boa essa alienação “codatenniada”.

Sonhei colorido! E cada aventura! Coisas jamais imaginadas! Um barato!

Hoje na Bandeirantes o mundo estava diferente. E lá fui eu rumo a Rio Claro em busca de mais remédio para ajudar na expelição do cálculo aproximado de um centímetro.

Cara! Que barato!

Fiz uma viagem super tranquila. Com o piloto automático acionado segui na estrada no limite da velocidade permitida. Olha isso! Logo eu! Logo eu que quando tem a oportunidade pisa fundo e vai no limite da velocidade que o veículo suporta... E olha só... Na velocidade permitida. Só curtindo a estrada, os outros veículos que passavam por mim, outros que eu passava por eles e a paisagem. Nossa! Já fiz essa viagem algumas vezes, mas desta vez vi coisa que não tinha visto nas anteriores. Será o “codaten”? Vai ver que foi. E também que voltou. Viva o “codaten”!

Esse “santo remedinho” consegue camuflar bem a dor, mas a dor ta aí... Ela não vai embora não. Apenas fica escondida, amortecida, anestesiada com o efeito do milagroso remedinho.

Fiz muito a pergunta por que só agora me receitaram esse remedinho e por que não me receitaram nas outras vezes que sofri do mesmo mal. Cara! Eu sempre pastei pra caramba sofrendo dessa dor inigualável que é a dor de quem está com pedra dos rins em passagem pelo ureter, até chegar à bexiga para ser expelida pela uretra. Nem dor de parto dizem que é maior, ou pior. Nunca me receitaram um remedinho eficaz, só agora, só desta feita. Porque, puta quem pariu os médicos anteriores, que até foram os mesmos, não me doparam desta maneira para que não sofresse tanta dor? Porra! Porque só agora?

Mas ta bom agora. Do jeito que to, eu to que to... Viajando... Viajandão... O mundo está todo colorido de cores diferentes, jamais vistas pela minha visão. Até aqui, no computa, na telinha, ta tudo diferente. Que sensação gostosa!

Mas devo dizer que prefiro não preferir estar como estou. Melhor seria não ter a dor, nem a causa da dor. Melhor mesmo seria não ingerir “codaten” e não pisar em nuvens e nem achar que ta tudo numa boa... numa tremenda duma boa! Porque não ta. Não ta mesmo!

Tem um montão de coisa pra conquistar e eu não posso ficar aqui parado, viajando na viagem que não leva à lugar nenhum.

Sai pedra, sai! Me deixa. ...e vê se daqui pra frente me erra!
.'.

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